A jornalista e apresentadora Fabiana Panachão entrevistou nesta quinta-feira, 28, quarto dia da Money Week, Fernando Lovisotto, CIO da empresa Da Vinci Partners, e Gustavo Kataguiri, gestor de equities da mesma empresa. Na entrevista, eles falaram sobre fundos de dividendos e as perspectivas desse modelo de investimento no país.
A Money Week está sendo promovida pelas empresas Transformação Digital e EuQueroInvestir e reúne nesta semana grandes nomes do mundo corporativo, da área de investimentos e do campo político para falar sobre os respectivos assuntos.
O evento começou segunda-feira, 25, e segue até sexta-feira, 29. É possível assistir todas as entrevistas gratuitamente no link: https://moneyweek.com.br/palestras.
Cenário econômico
Lovisotto destaca que neste cenário econômico pelo qual o país passa, com a redução na taxa de juros, a migração da renda fixa para a renda variável é inevitável por parte dos investidores. Diante dessa conjuntura, investir em dividendos se torna uma excelente opção.
Kataguiri, seguindo essa argumentação, enfatiza que os dividendos se configuram como a consequência de um bom negócio. Segundo ele, essa estratégia é baseada na relação risco/retorno. Nesse sentido, as empresas que já passaram pelos riscos vão alcançar um lucro maior.
Complementando a elucidação de Kataguiri, Lovisotto ressalta, “é a parte mais nobre do investimento, quando se recebe uma parte do lucro”.
Os dividendos são reinvestidos
Um fator a ser destacado em relação aos dividendos é que ele não retorna para a conta corrente da corretora que fez a aplicação. De acordo com os entrevistados, eles são reinvestidos em novas ações.
Além disso, Lovisotto destaca que essa estratégica pode ser muito benéfica para o investidor. Segundo ele, os lucros são altos em momentos de euforia, mas também protegidos quando o mercado está em stress.
Perspectivas para 2020
Kataguiri relata um mecanismo para ver se uma empresa é boa pagadora de dividendos. Conforme explica, há uma base de dados que informa o quanto de dividendos foi pago nos últimos anos.
No entanto, salienta que mais viável do que entender o passado, é fundamental compreender as projeções e observar a sustentabilidade do negócio. Desse modo, aconselha olhar as ações pagas nos últimos doze meses e ver a viabilidade de retorno.
Em relação ao cenário para esse modelo de investimento, Lovisotto realça que as perspectivas são positivas para 2020. Por conta dos juros baixos, “a migração de recursos para outras estratégias de investimentos vai continuar acontecendo”, avalia.
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