O presidente-executivo do McDonald’s, Steve Easterbrook, de 52 anos, foi demitido após se envolver com uma funcionária da empresa. Segundo comunicado do McDonald’s, a conduta viola a políticas e valores da companhia. A norma interna começou a vigorar após diversas funcionárias se queixarem de assédio sexual na rede.
A decisão foi tomada por meio de votação do conselho da empresa no início deste mês. Easterbrook, que recebia um salário mensal equivalente a R$ 60 milhões, diz concordar com a decisão. A gigante do fast food vem lutando para reprimir o assédio, crime algumas de suas funcionárias têm relatado.
Chris Kempczinski, presidente da Mcdonald’s USA, será o substituto.
Easterbrook estava no cargo desde março de 2015. Tinha como objetivo modernizar a empresa, revitalizando o cardápio. Enquanto proporcionava alternativas mais saudáveis de alimentos, e implementava o café da manhã, via as ações da empresa quase dobrando de valor. Só em 2018, o lucro da rede foi de 14%, alcançando US$ 5,924 bilhões (cerca de R$ 24 bilhões). Após a divulgação do caso os papéis da marca caíram entre 3%.
O chefe de recursos humanos da McDonald’s pediu demissão após o ocorrido. David Fairhurst não informou qual seria a motivação. A companhia terá o desafio de vencer a tendência de declínio no movimento das lanchonetes nos EUA por causa do episódio,
Escândalo
Em 2016, cozinheiras e caixas da rede alegaram ter sofrido assédio sexual no ambiente de trabalho. As funcionárias teriam sido assediadas por supervisores. Dentre as queixas estão: oferecimento de dinheiro em troca de sexo, toques indevidos, e grosserias.
Posteriormente, as funcionárias entraram com um processo na justiça federal, contendo quinze queixas. Os documentos foram entregues à Comissão de Igualdade de Oportunidade no Trabalho (EEOC). Mas, diante das reclamações de assédio, as funcionárias alegam não terem recebido respaldo da empresa. Em alguns casos não foram ouvidas e, em outros, sofreram represálias.
Senadores criticaram política da empresa
Em junho deste ano, um grupo de governantes dos EUA criticou a política do McDonald’s referente ao assédio. Seis congressistas, liderados pela representante do estado de Illinois no Senado, Tammy Duckort, enviaram carta ao próprio Easterbrook.
O conteúdo incluiria a condenação das condições “inseguras e intoleráveis” de segurança para suas funcionárias. Entre os políticos que participaram estão: Barnie Sanders, Elizabeth Warren, e Amy Klobuchar.
Em resposta, o ex CEO afirmou que oferecia um serviço de treinamento de prevenção contra o assédio e a discriminação no trabalho.
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