Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Inflação: Índice de Preços ao Produtor (IPP) registra alta de 0,64%

Inflação: Índice de Preços ao Produtor (IPP) registra alta de 0,64%

Foi a terceira alta consecutiva do indicador de preços, aponta o IBGE. Com o resultado, o IPP acumulou aumento de 3,65% no ano.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,64% em outubro, de acordo com divulgação desta sexta-feira (29), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a terceira alta consecutiva do indicador. A taxa de setembro foi revista de uma elevação de 0,45% para 0,50%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.

Com o resultado de outubro, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 3,65% no ano.

Em outubro de 2019, 15 das 24 atividades industriais do país apresentaram variações positivas de preços, contra 17 do mês anterior.

Publicidade
Publicidade

As quatro maiores variações observadas em outubro/2019 foram nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (-4,76%), refino de petróleo e produtos de álcool (4,04%), alimentos (2,12%) e papel e celulose (-1,89%).

Já em termos de influência, os destaques foram alimentos (0,47 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,41 p.p.), indústrias extrativas (-0,22 p.p.) e outros produtos químicos (-0,10 p.p.).

Veja os números em destaque:

Indústrias extrativas

Em outubro, os preços do setor variaram em -4,76% em comparação com setembro. Com este comportamento dos preços no mês, o indicador acumulado do ano passou para 11,13%. Na comparação de 12 meses, houve variação de 1,59%.

No resultado das indústrias extrativas e de transformação, a influência do setor foi negativa: -0,22 p.p. em 0,64%. Em relação ao acumulado do ano, a influência sobre o indicador da indústria geral foi de 0,46 p.p. em 3,65%.

Os produtos que mais influenciaram a variação do mês foram os minérios de ferro e os “óleos brutos de petróleo”.

Alimentos

Em outubro de 2019, os preços da atividade variaram em 2,12%, maior resultado desde junho de 2018 (3,35%). Com isso, o acumulado saiu de 2,01%, em setembro, para 4,17%.

Por fim, na comparação com igual mês de 2018, a variação foi de 5,02%, maior resultado desde abril de 2019 (6,37%).

O destaque do setor se deve aos seguintes fatos: foi a terceira maior variação de preços entre todas as atividades indústrias, a principal influência na comparação outubro/setembro (0,47 p.p., em 0,64%) e a segunda na comparação outubro/dezembro de 2018 (0,94 p.p., em 3,65%).

Entre os produtos destacados em termos de variação e de influência, dois pertencem simultaneamente aos dois casos, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “produtos embutidos ou de salamaria de suíno, exceto pratos prontos”.

Os outros dois produtos mais influentes são: “rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais” e “carnes de bovinos congeladas”.

A variação de cada um dos quatro produtos mais influentes é positiva e a influência conjunta é de 1,78 p.p., em 2.12%. O destaque maior sobre o resultado é a elevação de carnes de bovinos, em linha com o aumento do preço do boi gordo e com a exportação estimulada.

Papel e celulose

Os preços do setor apresentaram variação de -1,89% em relação a setembro, levando a um resultado acumulado de -10,94% em 2019. Trata-se de uma das maiores variações, em módulo, entre as atividades que compõem o IPP, a quarta maior influência (em módulo) no acumulado no ano, ou a terceira maior influência considerando apenas atividades da indústria de transformação. Em relação aos últimos 12 meses, a atividade apresentou variação de -11,37%.

Refino de petróleo e produtos de álcool

Os preços do setor, em outubro de 2019, variaram em 4,04%, maior resultado desde março de 2019 (6,77%). Dessa forma, o acumulado subiu de 11,83%, em setembro, para 16,35%. Por fim, na comparação com o mesmo mês de 2018, a variação foi de -2,18%, quarto mês consecutivo com variação negativa neste indicador.

O setor apresentou a segunda maior variação de preços entre todas as atividades industrias, a maior variação no acumulado no ano, a segunda maior influência na comparação outubro/setembro (0,41 p.p., em 0,64%) e a maior influência na comparação outubro/dezembro de 2018 (1,52 p.p., em 3,65%).

Outros produtos químicos

Na comparação de outubro contra setembro, a variação média dos preços do setor foi de -1,20%, quarta variação negativa observada ao longo do ano e a primeira depois de dois resultados positivos. No acumulado, a variação foi de -4,39% e, na comparação outubro 2019/outubro 2018, foi de -11,99%, quarto resultado negativo consecutivo.

O destaque do setor se deve ao fato de ter sido, na comparação outubro 2019/outubro 2018, a maior variação (em módulo) entre todas as atividades industriais e, na comparação com o mês imediatamente anterior, a quarta maior (também em módulo) influência (-0.10 p.p., em 0,64%).

Farmacêutica

A variação de preços em outubro no setor foi de 1,45%, mantendo a alta de preços que já tinha ocorrido no mês anterior (1,04%). O setor apresentou a quarta maior variação acumulada no ano (10,08%), sendo a terceira maior alta de preços acumulados no ano da indústria. Nos últimos 12 meses, o setor apresentou a terceira maior variação (11,02%), sendo a maior alta de preços deste índice (as duas maiores variações foram negativas). As frequentes altas de preços dos últimos meses têm colocado o setor dentre as maiores variações positivas da indústria nestes dois índices. A variação acumulada do ano foi a maior da série histórica deste setor, no mês em questão, enquanto que a dos últimos 12 meses foi a segunda maior da série histórica, ficando atrás apenas da variação de junho deste ano (11,26%).

Veículos automotores

Em outubro, a variação observada no setor foi de 0,78%, quando comparada com o mês imediatamente anterior, seguindo a tendência de alta observada em setembro (quando variou 0,94%). Com este resultado a variação acumulada no ano e a variação acumulada nos últimos 12 meses alcançaram, respectivamente, 4,36% e 4,89%.

A atividade de veículos automotores se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 8,55%.

Já em uma análise por produtos no setor, é possível observar que entre os quatro produtos de maior influência na comparação com o mês anterior, todos eles impactaram positivamente o índice: “automóveis para passageiros, a gasolina ou bicombustível, de qualquer cilindrada”, “bombas injetoras para veículos automotores”, “caminhão-trator, para reboques e semirreboques” e “veículos para o transporte de mercadorias a gasolina e/ou álcool, de capacidade não superior a 5 t”.

A influência desses quatro produtos que mais impactaram a variação do mês em relação ao mês imediatamente anterior foi de 0,77 p.p., ou seja, os demais 19 produtos da atividade contribuíram com 0,01 p.p.