O Índice Geral de Preços–Mercado (IGP-M), um dos índices de inflação usados, por exemplo, no reajuste de contratos de aluguel, subiu 0,30% em novembro. A Fundação Getúlio Vargas divulgou os resultados nesta quinta-feira (28).
A taxa é menor ao registrado em outubro, que foi 0,68%, mas superior ao índice de novembro do ano passado (-0,49%).
Com o resultado de novembro, o IGP-M acumula inflação de 5,11% no ano e de 3,97% em 12 meses.
Preços no atacado
A queda da taxa de outubro para novembro foi puxada pelos preços no atacado. A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, caiu de 1,02% em outubro para 0,36% em novembro.
O varejo e a construção tiveram alta no período. O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, teve inflação de 0,20% em novembro, após uma deflação (queda de preços) de 0,05% em outubro.
Já a inflação do Índice Nacional de Custo da Construção subiu de 0,12% em outubro para 0,15% em novembro.
Mercado tinha elevado projeções
Analistas do mercado financeiro elevaram as projeções de inflação, do câmbio e do crescimento da economia do país. Os dados contam do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda (25). De acordo com o Focus, o IPCA será de 3,46%, índice maior que os 3,33% estimados na semana passada. Esta é a terceira semana seguida que o BC eleva a previsão de inflação.
Ainda assim, o IPCA continua abaixo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 4,25%. A tolerância é de 1,75% para mais ou para menos.
A previsão da inflação para o próximo ano foi mantida: 3,60%.
Focus também prevê aumento do PIB
O mercado também projeta um aumento da economia brasileira para este ano. A expectativa para o PIB era de 0,92% semana passada e, hoje, é de 0,99%.
Para o próximo ano, a projeção aumento de 2,17% para 2,20%, marcando a terceira alta seguida no Boletim Focus.
Taxa de juros mantida no Focus
A expectativa dos economistas do Boletim Focus é que a taxa básica de juros, Selic, seja mantida em 4,5%. Atualmente, ela está em 5%. Para 2020, a estimativa é de subida: de 4,25% para 4,5%. Ou seja, não há previsão de corte nos juros para o ano que vem.
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