A quarta-feira (27) foi positiva para a Ibovespa. Ao fim do dia, a bolsa fechou em ganho de 0,67%, a 107.707 pontos com volume financeiro negociado de R$15,479 bilhões.
Essa alta se deve em grande parte às ações da Petrobras e de bancos, que se recuperaram de perdas recentes.
Alta do dólar
Já o dólar comercial registrou, pelo terceiro dia seguido, a maior cotação da história. A moeda teve um aumento de 0,44%, com valor de compra a R$ 4,2579 e de venda a R$4,2586.
Para conter essa alta, o Banco Central (BC) fez mais um leilão, por volta das 12h30 de ontem. Entretanto, a moeda americana fechou em alta mais uma vez.
Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, esse comportamento do dólar no mercado é disfuncional e indicou novas intervenções para conter a moeda. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ser normal essa alta, já que os juros brasileiros estão baixos.
O Banco Central vendeu dólares para tentar diminuir a cotação, que no meio do pregão girava em torno de R$ 4,27.
Leilões
Nesta terça (27), o dólar comercial já tinha fechado em alta de 0,59% e chegou a R$ 4,24. A moeda chegou a ser negociada a R$ 4,28. O Banco Central precisou intervir. Fez dois leilões de venda direta das reservas internacionais, de acordo com informações da Agência Brasil. Em cada leilão, o BC arrecadou cerca de R$ 1 bilhão.
As altas recordes são creditadas à repercussão da entrevista com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que na segunda (25), em Washington, disse não ter preocupação com a alta da moeda americana, que naquele dia havia fechado a R$ 4,21.
“O dólar está alto. Qual o problema? Zero. Nem inflação ele está causando. Vamos importar um pouco mais e exportar um pouco menos”, minimizou. E acrescentou que era “bom” o brasileiro se acostumar com juros mais baixos e com o câmbio mais alto “por um bom tempo”.
Escalada do dólar
A elevação constante do dólar deve afetar o preço de produtos que fazem parte do cotidiano dos brasileiros. A moeda americana pode encarecer combustíveis e viagens para o exterior.
Na tentativa de conter a escalada do dólar, o Banco Central fez dois leilões da moeda. A medida evitou que a cotação chegasse perto de R$ 4,28.
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