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Governo limita juros do cheque especial

Governo limita juros do cheque especial

Na opinião do Credit Suisse, tal mudança deixa sistema financeiro brasileiro “mais alinhado com as práticas internacionais”.

O governo decidiu limitar a 8% ao mês os juros cobrados pelos bancos no cheque especial a fim de limitar os encargos do sistema financeiro, mas permitiu que as instituições cobrem uma tarifa mensal para oferecer o produto a seus clientes. A medida foi aprovada na quarta-feira, dia 27 de novembro, em reunião do Conselho Monetário Nacional.

Dados divulgados pelo Banco Central mostram que a taxa média do cheque especial alcançou 305,9% ao ano em outubro, o que equivale a uma taxa de 12% ao mês.

Com o limite imposto agora, o juro anual será de cerca de 150% ao ano, no máximo, de acordo com o Banco Central.

Consequências para os bancos

Em relatório a clientes, os analistas do Credit Suisse avaliam que as consequências da limitação da cobrança no cheque especial devem ser “bem mais limitadas” do que aparentemente parecem ser, já que poderá deslocar parte do impacto às taxas que passarão a ser cobradas.

Para os analistas da instituição, o impacto para os grandes bancos de sua cobertura deverá ser de R$ 2,6 bilhões, equivalente a algo em torno de 1 a 3% do lucro líquido previsto para 2020.

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Os especialistas do Credit Suisse acrescentam que o cenário onde os bancos podem cobrar taxas dos clientes com um limite de crédito pré-aprovado, deixa o mercado “mais alinhado com as práticas internacionais”.

“Vale lembrar que a possibilidade de alguma medida nessa linha já havia sendo ventilada há algum tempo e provavelmente pode ter uma parcela de contribuição na performance um pouco pior dos bancos nas últimas semanas”, assinalam os analistas.