O presidente Donald Trump trouxe poucas novidades em seu aguardado discurso e mexeu pouco com mercados. Trump falou a respeito de um possível acordo comercial com a China – mas não deu detalhes sobre o plano e priorizou a divulgação de indicadores sobre a economia americana. Criticou outra vez o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) sobre as taxas de juros do país. O presidente considera os índices muito altos. “São taxas muito mais elevadas que a média das principais economias do mundo”, ele apontou.
Bolsa brasileira: forte baixa
Durante o discurso de Trump, a bolsa brasileira chegou a diminuir as perdas, só que ainda assim manteve forte baixa, renovando mínimas seguidas. O dólar diminuiu os ganhos, mas também voltou a ampliar as altas após a fala de Trump.
O Ibovespa opera com forte queda, descolado do exterior, em baixa de 1,43% e 106.815 pontos, tendo como mínima 106.232 pontos (1,97%) e máxima 108.367 pontos (0,00%). O volume financeiro desta sessão somou R$ 15,64 bilhões até às 17 horas.
O dólar futuro seguiu tendência contrária, encerrando em queda de 0,25%, cotado a R$ 4,158, tendo mínima de R$ 4,141 (-0,40%), e máxima de R$ 4,176 (+0,43%).
Mercado europeu em alta
As bolsas da Europa encerraram em alta, com otimismo em torno das negociações entre EUA e China, o que voltou a dar fôlego aos mercados. O índice Stoxx 600 Europe subiu para 406,90 pontos, com avanço de 0,38%, encontrando-se pouco abaixo de 2% de seu recorde de fechamento alcançado em abril de 2015.
Os investidores também comemoraram o índice Zew de sentimento econômico da Alemanha, que melhorou. Na Espanha, desagradou os investidores a notícia de que o primeiro-ministro do país firmou acordo preliminar com o líder do partido Podemos (que está mais à esquerda no espectro ideológico).
Alemanha | DAX [+0,65%]
Londres | FTSE 100 [+0,50%]
França | CAC 40 [+0,44%]
Zona do euro | Euro Stoxx 50 [+0,42%]
Itália | FTSE MIB [+1,24%]
EUR/USD [-0,20%] | € 1,1010
GPB/USD [+0,06%] | € 1,2858
Bolsas americanas esperavam por Trump
Trump trouxe poucas novidades para o mercado, sem gerar volatilidade às bolsas, que permaneceram próximas da estabilidade entre ganhos e perdas.
A expectativa era em torno do anúncio de isenção da taxação para os carros da UE, ou sinais para a guerra comercial com a China. Mas Trump não foi claro, citando apenas que as barreiras comercias da Europa são “terríveis” e “muitas vezes, piores que as da China”.
Em relação à China, Trump limitou-se a dizer que voltará a elevar as tarifas caso acordo não seja concluído. E afirmou que as negociações tiveram um avanço “tremendo”.
Dow Jones 30 [-0,13%] | 27.654 pontos
S&P 500 [-0,03%] | 3.086 pontos
Nasdaq [+0,06%] | 8.469 pontos
VIX [+2,60%] | 13,02 pontos
Commodities
O ouro encerrou em queda, mesmo sem Trump acrescentar um tom positivo ao mercado. Ao que tudo indica, os investidores acreditam que uma resolução positiva pode ser alcançada, portanto o apetite ao risco foi mantido. Sendo assim, o ouro fechou em queda de 0,23%, a US$ 1.453,70 a onça-troy.
A frustração também chegou no mercado do petróleo, que esperava um sinal que pudesse incentivar a demanda do óleo. A referência britânica do petróleo, o Brent para janeiro, encerrou em baixa de 0,19% a US$ 62,06 o barril. A referência norte-americana, o WTI para dezembro, fechou com perda de 0,10% a US$ 56,80 por barril.
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