Nessa semana, após o discurso do Ministro da Economia, em Washington, o dólar chegou a bater R$ 4,27, o maior valor da história ante o real. “É bom se acostumar com juros mais baixos por um bom tempo e com o câmbio mais alto por um bom tempo”, disse Paulo Guedes.
No entanto, para Thiago Salomão, analista chefe da Rico, a apreciação do dólar vai além da fala de Ministro da Economia. “Investidores não compraram a retomada do Brasil, e essa convicção só virá com crescimento. O desinteresse internacional no mercado brasileiro, ficou evidente com o fracasso do leilão do pré-sal no início do mês.” Ou seja, a alta reflete o distanciamento dos investimentos globais do país devido as incertezas políticas e econômicas.
Quem ganha?
Naturalmente, as empresas exportadoras são beneficiadas pelo aumento do dólar, pois recebem em moeda estrangeira. Mas, devido a complexidade de suas operações será necessário que alta se prolongue por mais tempo para que seja sentida.
As companhias de papel e celulose, proteína, bem como mineradoras também são favorecidas pelo real depreciado. Por causa, da demanda internacional e produção nacional, o que resulta em custos em reais e receita em dólar, ou seja, a margem aumenta.
Acredita-se que o setor de Turismo brasileiro será o maior beneficiário da alta do dólar, no curto prazo. Isso acontece porque com a alta da moeda americana o preço das passagens para o exterior ficarão mais caras. E, por consequência os brasileiros irão preferir realizar viagens domésticas em detrimento ao exterior.
Quem perde com dólar alto?
Como na maioria dos casos, o maior impactado pelo aumento do dólar pode ser a população brasileira. Visto que as empresas repassam a elevação da moeda estrangeira para o consumidor final.
Entretanto, é esperado que o empresariado ainda não reajuste o preço por causa do arrocho econômico vivenciado nos últimos anos. Ou seja, devido a situação financeira crítica, talvez o brasileiro não seja capaz de absorver o aumento. E por consequência, deixe de comprar determinado produto, forçando as empresas reduzirem suas margens, pelo menos por enquanto.
Mas, se a moeda americana permanecer em patamares elevados por muito mais tempo, o impacto será sentido de diversas formas em diferentes setores.
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