Mesmo com as informações favoráveis sobre a guerra comercial entre China e EUA, os investidores não reagiram positivamente diante das incertezas com o confronto de informações diariamente.
O desempenho da Bolsa brasileira
O destaque de hoje no Brasil foram os dados de emprego do Caged. A economia brasileira gerou 70,852 mil empregos com carteira assinada em outubro. O dado veio abaixo do esperado, que era de 75 mil, mas ainda assim mostra o 7º mês positivo na geração de empregos.
Mais detalhadamente, a agricultura fechou 7.819 postos de trabalho em outubro, o comércio abriu 43.972, a indústria abriu 8.946 postos e serviços abriram 19.123 pontos.
Em Brasília, o STF continuou o julgamento sobre compartilhamento de dados do Coaf. O ministro Alexandre de Moraes votou pelo compartilhamento de dados da UIF (ex-Coaf) e Receita com o MP. Mas a sessão foi suspensa e retornará na 4ª feira.
O Ibovespa encerrou o dia em alta, descolando-se do exterior: subiu 1,54%, com 107.496 pontos. Na mínima do dia, o índice marcou 105.864 pontos (0,00%). O volume financeiro do dia somou R$ 18,00 bilhões.
O dólar futuro encerrou o dia estável (0,00%), cotado a R$ 4,197. Na mínima do dia, a moeda marcou R$ 4.187 (-0,23%), e na máxima R$ 4,226 (+0,69).
Confira as empresas que foram destaque hoje:
- Ações que lideraram as altas dentro do índice Ibovespa:
Gerdau (GGBR4) R$ 16,45 | [7,52%]
Gerdau Met. (GOAU4) R$ 7,63 | [7,16%]
Usiminas (USIM5) R$ 8,15 | [6,68%]
Ultrapar (UGPA3) R$ 21,94 | [6,20%]
Localiza (RENT3) R$ 43,32 | [5,61%] - Ações que lideraram as baixas dentro do índice Ibovespa:
Marfrig (MRFG3) R$ 10,85 | [-3,90%]
JBS (JBSS3) R$ 25,66 | [-3,17%]
Telefônica Brasil (VIVT4) R$ 55,20 | [-1,52%]
WEG (WEGE3) R$ 28,88 | [-1,10%]
Gol (GOLL4) R$ 33,92 | [-0,88%]
Bolsas norte-americanas recuam em bloco
Nos Estados Unidos foram divulgados alguns indicadores hoje. O índice de indicadores antecedentes de outubro caiu 0,1% em outubro, frustrando a previsão de crescimento de 0,2%. As vendas de imóveis usados subiu 1,9% em outubro, mais que a projeção de 1,5%.
Entre os dados mais importantes, os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA atingiram 227 mil, pouco acima da expectativa de 220 mil. E o ídice de atividade industrial do Fed Filadélfia teve leitura mensal de 10,4 em novembro, acima do esperado de 7,2.
Em relação a guerra comercial as notícias foram diversas, em sua maioria positivas, mas não suficientes para levantar o mercado, que já está saturado com o vaivém entre os Estados Unidos e a China.
O South China Morning Post divulgou que a China observa a resposta de Trump sobre lei em apoio a manifestantes em Hong Kong, podendo esta ser uma nova barreira ao acordo comercial.
Já o SCMP disse que, segundo fontes, a elevação de sobretaxas pelos EUA pode ser adiada mesmo se acordo não for alcançado antes de 15 de dezembro. O impasse nas negociações se deve a desentendimento sobre que tarifas seriam removidas.
E segundo a Bloomberg, o vice-premiê Liu He se diz “cautelosamente otimista” sobre assinatura de acordo preliminar comercial com os EUA. A afirmação teria sido feita ontem antes de jantar do fórum Bloomberg sobre Nova Economia.
Dow Jones 30 [-0,20%] | 27.766 pontos
S&P 500 [-0,14%] | 3.104 pontos
Nasdaq [-0,24%] | 8.506 pontos
VIX [+2,74%] | 13,13 pontos
Commodities
O relato de que a Opep deve estender acordo de corte de produção de petróleo animou as cotações do óleo.
Referência britânica do petróleo, o Brent para janeiro registrou ganho de 2,45% a US$ 63,97 o barril. A referência norte-americana, o WTI para janeiro teve alta de 2,68% a US$ 58,58 por barril.
Mesmo com a aversão ao risco observada na maioria das bolsas, o ouro encerrou em queda, com o investidor ignorando as tensões na guerra comercial. O metal fechou em baixa de 0,71%, a US$ 1.463,60 a onça-troy.
Mercado europeu fecha majoritariamente em baixa
As ações do bloco europeu caíram pelo 4° pregão consecutivo, em meio a sinais difusos do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.
E para complementar o mau humor, a OCDE divulgou hoje que o crescimento econômico mundial será de 2,9% em 2019, sendo o pior desde a crise financeira internacional de 2009.
Um dado divulgado hoje mostrou melhora. O índice preliminar da confiança do consumidor/novembro da Zona do euro sobe para -7,2 pontos (consenso (-7,3).
Alemanha | DAX [-0,16%]
Londres | FTSE 100 [-0,33%]
França | CAC 40 [-0,22%]
Zona do euro | Euro Stoxx 50 [-0,11%]
Itália | FTSE MIB [-0,31%]
EUR/USD [-0,12%] | € 1,1059
GPB/USD [-0,12%] | € 1,2906
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