O presidente recém-eleito na Argentina, Alberto Fernandez, declarou na última terça-feira (26) que renunciará à parcela restante de US$ 11 bilhões referente ao empréstimo do FMI ao país.
“O que eu quero é parar de pedir (por dinheiro) e que eles me deixem pagar”, disse Fernandez, que toma posse no dia 10 de dezembro após vencer Macri nas eleições de outubro.
“Estou com um problema enorme. E vou pedir mais US$ 11 bilhões?” questionou o novo presidente em entrevista à Rádio Con Vos da Argentina.
Fernandez disse ainda que “tentará reavivar a economia para pagar e resolver sensivelmente o problema da dívida”.
Além disso, o novo presidente assegurou que seu governo não deixará de quitar a dívida. Porém é necessário renegociar os termos do empréstimo com o FMI.
Estratégia de Fernandez
A decisão de Fernandes foi interpretada como parte da estratégia de negociar com os credores privados da dívida pública.
Na prática, no governo de Macri funcionava da seguinte maneira: a Argentina solicitava recursos ao FMI e utilizava esses créditos para pagar os credores privados.
Então, recusar mais recursos do FMI pode ser uma estrategia bem sucedida do governo argentino. Já que terá mais argumentos junto aos credores privados para renegociar suas dívidas com eles.
Ou seja, com essa estratégia, Fernandez pretende pedir junto aos detentores dos títulos, um desconto maior para reestruturar as dívidas do país.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o economista José Siaba Serrate disse que “(Argentina) Está testando o Fundo, os credores privados e o governo. O Fundo empresta ao governo para pagar os privados. E se o governo quer negociar com os privados, declara que não pedirá mais emprestado ao Fundo. De maneira tal que o desconto que eles terão que dar para receber o pagamento seja maior”.
Leia mais:
- Quer investir com mais assertividade? Então, clique aqui e fale com um assessor da EQI Investimentos!
- Aproveite e baixe nossos materiais gratuitos. Para participar do nosso canal do Telegram e ser informado com todas as novidades sobre educação financeira, economia e finanças, basta clicar aqui.





