CORTE DE JUROS

Selic caiu: veja 
o que fazer com sua carteira de investimentos

O Comitê de Política Monetária (Copom) baixou a Selic, a taxa básica de juros, como amplamente aguardado pelo mercado, após quase um ano inteiro de juros mantidos no patamar de 13,75%.

Agora, diante do novo ciclo que se inicia, de queda de juros, entenda o que muda para o investidor e conheça as recomendações dos especialistas da EQI Investimentos.

Para Denys Wiese, estrategista da EQI, a queda dos juros pede alterações na carteira. Os pós-fixados vão render menos daqui para a frente, porque os juros estão caindo e devem chegar a 9% no final de 2024. Por isso, o rendimento médio dos pós-fixados vai ser menor do que agora. É hora de reduzir esse tipo de ativo. 

Já os prefixados e os IPCA+ não vão apresentar rendimentos menores por conta dos juros caindo. Portanto, podemos aumentar a exposição, sempre respeitando os limites de risco do seu perfil de investidor.

Outra classe que tende a se beneficiar é a renda variável, com ações e Fundos Imobiliários (FIIs). “Todos os três principais índices da renda variável, Ibovespa,  Small Caps e o Ifix vão se beneficiar dos juros menores”, pontua.

Carolina Borges, analista de FIIs da EQI Research, enfatiza que a decisão de hoje reforça as boas perspectivas para os FIIs. “O que temos hoje é uma consolidação das expectativas acumuladas ao longo de todo o ano”.

Carolina diz que o Ifix vem em um movimento de alta, que acontece justamente pela expectativa da queda dos juros. Conforme ficar mais claro para o mercado qual vai ser o ritmo desse novo ciclo, com as leituras da inflação caminhando para a meta, mais os FIIs vão se valorizar

Wiese aponta ainda  uma última classe que tende a se beneficiar: os multimercados. Isso porque os gestores, na média, tendem a operam melhor nesse ambiente de queda de juros. 

Os fundos multimercados de baixa e média volatilidade configuram uma boa oportunidade de diversificação e podem ser uma porta de entrada ao mercado de risco para as pessoas acostumadas apenas com a renda fixa.

Imóveis ou FIIs?