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Stuhlberger se arrepende de ter acreditado em austeridade do PT e aposta em títulos dos EUA

Stuhlberger se arrepende de ter acreditado em austeridade do PT e aposta em títulos dos EUA

O presidente e diretor de investimentos da Verde Asset, Luis Stuhlberger, compartilhou suas preocupações durante um encontro com investidores, onde expressou arrependimento por ter confiado na seriedade fiscal do atual governo. Stuhlberger declarou: “Eu me penitencio por ter acreditado que o PT teria alguma seriedade fiscal”.

A ficha de Stuhlberger caiu quando o governo mudou as metas para os resultados das contas primárias dos próximos anos e apresentou o projeto orçamentário de 2025, que ele descreveu como uma “peça de ficção” ao prever um aumento nas despesas no limite do marco fiscal (2,5%), sob a premissa de um aumento das receitas em 3,5%.

Com tom crítico, ele destacou que, com a mudança, o que ele achava que era “ruído” passou a ser “sinal”. “Voltamos ao risco do fiscal e a grande facilidade para alterar o arcabouço colocou em xeque a sua credibilidade”, disse.

Esse posicionamento levou Stuhlberger a realizar alocações de carteira com base na perspectiva de piora das condições fiscais, especialmente após as perdas com títulos prefixados no ano passado, atribuídas à situação das contas públicas.

Stuhlberger: Com risco fiscal de volta, Verde troca títulos do Brasil por dos EUA

Stuhlberger destacou que a facilidade em mudar o arcabouço fiscal coloca em xeque a credibilidade das regras, fazendo com que o risco fiscal volte a assombrar, mesmo diante da queda da inflação e da posição favorável nas contas externas.

Ele prevê que o Banco Central (BC) adotará uma postura mais agressiva para controlar a inflação, mantendo a taxa básica de juros (Selic) elevada. A autoridade monetária já está reativa devido à situação internacional e ao mercado de trabalho aquecido, que levanta dúvidas sobre a desinflação de serviços.

Na visão de Stuhlberger, o Banco Central não só reduzirá o ritmo de cortes da Selic para 0,25 ponto porcentual, mas também adotará um tom mais duro em seus comunicados. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) será anunciada nesta quarta-feira (8), após as 18h.

Em relação ao orçamento descrito como uma “peça de ficção”, Stuhlberger espera uma postura mais hawkish do presidente do BC, Roberto Campos Neto, como resposta.

Stuhlberger avaliou que os efeitos positivos de reformas anteriores estão sendo prejudicados pelas novas despesas criadas pelo governo, como o reforço do Bolsa Família e os pagamentos de precatórios.

Diante desse cenário, ele realizou ajustes em sua carteira de investimentos, trocando títulos públicos brasileiros por títulos do Tesouro dos Estados Unidos, apostando na diferença de taxas, o chamado spread.

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